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VISÃO GERAL

O resveratrol é um composto polifenólico encontrado em muitas plantas, incluindo uvas, mirtilos, framboesas, amendoim e outras. É conhecido por ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Muitos alimentos contêm resveratrol, mas o mais associado a essa substância é o vinho: quanto mais intensa a cor do vinho, maior o conteúdo de polifenóis.

Resveratrol pode ser benéfico em vários aspectos, como melhorar a saúde da pele, função cardiovascular e diabetes.

RESVERATROL

O resveratrol é um composto polifenólico encontrado em muitas plantas, incluindo uvas, mirtilos, framboesas, amendoim e outras. É conhecido por ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

O consumo de alimentos com resveratrol ou a sua suplementação tem sido associado a diversos benefícios para a saúde: pode fazer bem ao coração, melhorar a função cerebral e controlar inflamações.

Ele é um nutracêutico, ou seja, um bioativo presente nos alimentos que desempenha um papel importante para a saúde, mesmo não sendo essencial, e que apresenta vários efeitos terapêuticos.

RESVERATROL E O VINHO

Muitos alimentos contêm resveratrol, mas o mais associado a essa substância é o vinho: quanto mais intensa a cor do vinho, maior o conteúdo de polifenóis. Em decorrência disso, a concentração de resveratrol é mais elevada no vinho tinto.

É popularmente conhecido que tomar uma taça de vinho por dia traz benefícios à saúde, e realmente, a ingestão moderada de vinho tinto pode trazer alguns benefícios à saúde. Mas beber vinho todos os dias também pode ter consequências negativas para a saúde.

Estudos demonstraram que o consumo moderado de vinho tinto parece diminuir o risco de várias doenças, incluindo doenças cardíacas. No entanto, há uma linha tênue entre ingestão moderada e excessiva.

Acredita-se que o vinho tinto seja responsável pelo “paradoxo francês”. Isso refere-se a constatação intrigante feita por epidemiologistas nas décadas de 1980 e 1990. Eles notaram que, apesar de terem uma dieta rica em gorduras saturadas, os franceses possuíam uma taxa de doenças cardíacas significativamente mais baixa em comparação com outros países ocidentais, como os Estados Unidos e o Reino Unido.

Os pesquisadores sugeriram que o resveratrol e outros compostos no vinho tinto podem ajudar a proteger o coração ao melhorar a saúde dos vasos sanguíneos, prevenir a formação de coágulos e reduzir a inflamação. No entanto, vale a pena notar que a quantidade de resveratrol no vinho tinto é relativamente pequena e varia de vinho para vinho.

Lembrando que o consumo excessivo de álcool pode ter consequências graves e abrangentes para a saúde. A principal delas é o dano ao fígado, já que o álcool é metabolizado nesse órgão, podendo levar a hepatite alcoólica, fibrose, cirrose e até mesmo câncer de fígado.

O álcool também pode impactar o sistema cardiovascular, aumentando a pressão arterial, provocando arritmias cardíacas e aumentando o risco de derrame. A moderação é sempre recomendada e é importante procurar ajuda se acreditar que pode ter um problema com o álcool.

O Paradoxo Francês é complexo e provavelmente não pode ser explicado apenas pelo consumo de vinho tinto. Outros fatores, como a dieta geral, o estilo de vida e a genética, também podem desempenhar um papel importante nesses fatores.

BENEFÍCIOS DO RESVERATROL

PELE

O resveratrol tem atraído bastante atenção na área de dermatologia e cuidados com a pele devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Vários estudos têm investigado o potencial do resveratrol para melhorar a saúde da pele e tratar diversas condições cutâneas.

Alguns benefícios que ele pode oferecer: 

Antienvelhecimento: O resveratrol pode ajudar a prevenir os danos causados ​​pelos radicais livres, que são uma das principais causas do envelhecimento da pele.

Tratamento de condições inflamatórias da pele: Devido às suas propriedades anti-inflamatórias, o resveratrol tem sido estudado como um potencial tratamento para condições inflamatórias da pele, como psoríase e eczema. No entanto, a pesquisa nesta área ainda é preliminar.

Acne: Há pesquisas indicando que o resveratrol pode inibir o crescimento da bactéria Propionibacterium acnes, que é um dos principais contribuintes para a acne. Um estudo publicado no Dermatology and Therapy em 2017 descobriu que um gel contendo resveratrol reduz significativamente as lesões de acne em comparação com um placebo. (1)

Em um estudo de 2018 publicado no Journal of Cosmetic Dermatology, os pesquisadores estavam interessados em avaliar a eficácia do resveratrol, na melhoria de sinais visíveis de envelhecimento da pele.

Os participantes do estudo aplicaram um creme contendo resveratrol na pele e os pesquisadores avaliaram várias características da pele, incluindo a presença de rugas, a elasticidade da pele e o nível de hidratação.

O estudo encontrou resultados promissores: em comparação com um placebo, o creme contendo resveratrol levou a melhorias significativas em todas essas áreas. As rugas foram reduzidas, a pele tornou-se mais elástica e o nível de hidratação da pele aumentou.

FUNÇÃO CARDIOVASCULAR

A inflamação crônica é um dos principais fatores envolvidos no desenvolvimento e progressão de doenças cardiovasculares (DCVs). Estudos têm demonstrado que o resveratrol possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o que o torna um aliado no tratamento dessas condições.

Algumas maneiras pelas quais o resveratrol pode impactar a saúde cardiovascular:

Redução da inflamação: A inflamação crônica pode danificar os vasos sanguíneos e levar a doenças cardíacas. Alguns estudos sugerem que o resveratrol tem propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação.

Efeito antioxidante: O resveratrol é um antioxidante, o que significa que pode proteger as células do corpo contra danos causados por radicais livres. Os radicais livres são moléculas instáveis que podem causar danos celulares, o que pode levar a doenças cardíacas.

Foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados para avaliar o efeito dos suplementos de resveratrol nos níveis de TNF-α, IL-6 e PCR em pacientes com DCV. (2)

Os resultados sugeriram que o resveratrol pode ser usado como um potencial tratamento em pacientes com DCV, devido à sua capacidade de reduzir as condições inflamatórias.

Outra revisão, desta vez publicada na “Nutrition Reviews” em 2015, analisou várias pesquisas existentes sobre o impacto do resveratrol nos níveis de lipídios no sangue, incluindo o LDL (colesterol “ruim”) e o HDL (colesterol “bom”).

O colesterol é uma substância gordurosa que é vital para a estrutura e função das células, mas ter muito colesterol LDL pode levar ao acúmulo de placas nas artérias, um processo conhecido como aterosclerose, que pode aumentar o risco de doenças cardíacas. Por outro lado, o HDL é frequentemente referido como “bom” colesterol porque ajuda a transportar o colesterol LDL para o fígado para ser removido do corpo.

Na revisão, os autores analisaram vários estudos que mostraram uma correlação entre a suplementação de resveratrol e melhorias nos níveis de colesterol. Em particular, alguns estudos indicaram que o resveratrol pode ajudar a reduzir os níveis de LDL e aumentar os níveis de HDL.

RESVERATROL E PACIENTES COM SOP

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um distúrbio hormonal que causa um aumento no tamanho dos ovários, com pequenos cistos na parte externa deles.

Um estudo realizado em 2020 teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento com resveratrol em marcadores pró-inflamatórios e de estresse do retículo endoplasmático (ER) em pacientes com SOP. (3)

Foram coletadas células cumulus de 40 pacientes com SOP, que foram divididas em dois grupos: grupo placebo e grupo de tratamento com resveratrol (recebendo 800 mg/dia durante 40 dias).

Os resultados sugeriram que o resveratrol pode ajudar a reduzir a inflamação e o estresse nas células em mulheres com SOP. Isso é significativo porque a inflamação e o estresse celular podem contribuir para os sintomas e complicações da SOP. Isso poderia tornar o resveratrol um possível tratamento para a SOP no futuro, mas ainda são necessários mais estudos para confirmar esses resultados.

Já outro estudo, realizado em 2017 e publicado na “Clinical Endocrinology” que focou na avaliação do impacto do resveratrol na inflamação em mulheres com Síndrome do Ovário Policístico (SOP). 

A inflamação crônica é frequentemente associada à SOP e pode contribuir para uma série de complicações, incluindo resistência à insulina, dislipidemia (níveis anormais de gordura no sangue) e doenças cardiovasculares.

Nesse estudo, os pesquisadores descobriram que a suplementação com resveratrol reduziu vários marcadores de inflamação. Isto é importante, pois o resveratrol tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que podem ajudar a combater o estresse oxidativo e a inflamação crônica.

A redução da inflamação pode ter uma variedade de benefícios para mulheres com SOP, desde a melhoria dos sintomas até a redução do risco de complicações a longo prazo. No entanto, é importante notar que mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e estabelecer uma dosagem segura e eficaz de resveratrol para mulheres com SOP.

RESVERATROL E DIABETES

O resveratrol tem sido objeto de vários estudos para entender seus possíveis efeitos no manejo da diabetes. Isso é principalmente por causa de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina e a glicemia

Resveratrol e sensibilidade à insulina: Em um estudo publicado no British Journal of Nutrition em 2011, os pesquisadores administraram resveratrol a pessoas com diabetes tipo 2 e descobriram que a suplementação com resveratrol melhorou a sensibilidade à insulina e reduziu a glicose pós-refeição.

Resveratrol e controle da glicose: Um estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, publicado no Diabetes, Obesity and Metabolism em 2014, descobriu que a suplementação com resveratrol em pacientes com diabetes tipo 2 resultou em melhor controle da glicose e reduziu a pressão arterial sistólica.

Resveratrol e função das células beta pancreáticas: Um estudo de 2016 publicado na revista PLOS ONE descobriu que o resveratrol pode proteger as células beta pancreáticas (que produzem insulina) do estresse oxidativo, que é um fator contribuinte para a diabetes.

Por fim, conclui-se que o resveratrol é um ótimo antioxidante e anti-inflamatório e pode ser benéfico em diversas condições. Lembre-se que a consulta com um profissional de saúde é essencial antes de começar qualquer nova suplementação.

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