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A riboflavina, muito conhecida como Vitamina B2, é uma das vitaminas do complexo B. Ela é uma das vitaminas essenciais que o corpo humano precisa para converter alimentos em energia, metabolizar gorduras e proteínas, e manter o sistema nervoso funcionando adequadamente. Ela é uma vitamina hidrossolúvel, o que significa que ela é solúvel em água, e não é armazenada pelo corpo em quantidades significativas, precisando ser consumida regularmente na dieta.

A riboflavina tem uma cor amarela vibrante e é responsável pela cor amarela de soluções de vitaminas B e urina de pessoas que suplementam com vitaminas do complexo B.

A riboflavina também é importante para a transformação de outras vitaminas do complexo B, como a piridoxina (vitamina B6) e a niacina (vitamina B3), em formas que o corpo pode usar mais eficientemente. Por ser solúvel em água, qualquer excesso de riboflavina não utilizado pelo corpo é excretado na urina, o que torna a toxicidade da vitamina B2 extremamente rara.

O seu nome “riboflavina” deriva de “ribose” que é um tipo de açúcar que faz parte da molécula da vitamina e de “flavus” que significa amarelo, em latim (referência a cor da vitamina). Essa cor amarela forte também é a responsável por dar à urina uma coloração amarelo-brilhante quando se consome suplementos em excesso da vitamina, é algo que muitos notam quando tomam multivitamínicos ricos em B2.

Devido a essa cor, muitas vezes ela é usada como um corante natural.

QUAIS SÃO SEUS BENEFÍCIOS E FUNÇÕES?

A vitamina B2 desempenha diversos papéis importantes em nosso corpo, vamos começar falando sobre seu papel no metabolismo energético:

Assim como as outras vitaminas do complexo BA, a riboflavina é fundamental no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, transformando esses macronutrientes em adenosina trifosfato (ATP), a principal fonte de energia utilizável pelo corpo.

A riboflavina é um precursor de duas coenzimas importantes: flavina mononucleotídeo (FMN) e flavina adenina dinucleotídeo (FAD). Estas coenzimas são essenciais para o funcionamento de uma variedade de flavoproteínas, que desempenham papéis críticos nas reações de oxidação-redução (redox) dentro das células. Essas reações são fundamentais para a produção de energia a partir de nutrientes.

Tanto o FMN quanto o FAD atuam como transportadores de elétrons e prótons, facilitando o transporte de elétrons através da cadeia respiratória e contribuindo para o gradiente eletroquímico usado para sintetizar ATP.

SAÚDE OCULAR

Um dos principais benefícios da riboflavina para os olhos é sua capacidade de ajudar na prevenção de cataratas, uma condição que pode levar à turvação do cristalino do olho e, eventualmente, à perda de visão. Acredita-se que as propriedades antioxidantes da riboflavina desempenhem um papel nessa proteção, combatendo os radicais livres que podem danificar as células oculares.

Além disso, a riboflavina é usada em tratamentos médicos específicos para os olhos, como o crosslinking corneano, um procedimento destinado a pacientes com ceratocone, uma doença que afina e deforma a córnea. Durante o tratamento, a riboflavina é aplicada à córnea e ativada por luz ultravioleta para fortalecer as fibras de colágeno, ajudando a estabilizar a condição e evitar uma piora na visão.

Vários estudos foram feitos para analisar essa técnica, um deles buscou investigar a segurança da técnica e analisar se teriam potenciais danos ao tecido ocular causados tanto diretamente pelos raios UVA quanto indiretamente pela formação de radicais livres (danos fotoquímicos) durante o procedimento.

Este estudo chegou a conclusão de que o procedimento é seguro! A exposição à radiação UVA utilizada no CXL está abaixo dos limiares de dano conhecidos para os tecidos oculares mencionados. Quando a córnea, com pelo menos 400 micrômetros de espessura, é saturada com riboflavina, a irradiância no nível do endotélio corneano é de 0,18 mW/cm². Esse valor é significativamente menor do que os limiares de dano por radicais livres para ceratócitos e células endoteliais, o que sugere um risco reduzido de danos fotoquímicos.

( https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17457183/ )

Em outro estudo mais recente, de outubro de 2023, teve como objetivo avaliar a possibilidade de utilizar a luz solar para induzir um enrijecimento biomecânico nas córneas embebidas em riboflavina, de maneira similar ao que é observado no procedimento de reticulação da córnea (CXL) que utiliza riboflavina e luz UV-A. A motivação por trás desta pesquisa foi explorar alternativas menos invasivas e mais acessíveis ao tratamento padrão de CXL para o fortalecimento da córnea.

O estudo concluiu que a exposição de córneas embebidas em riboflavina à luz solar pode efetivamente aumentar a rigidez da córnea, sugerindo um potencial método alternativo e menos invasivo para o tratamento de condições como o ceratocone.

( https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37343287/ )

FONTES DE VITAMINA B2

Leite e derivados: O leite é uma excelente fonte de riboflavina, assim como os produtos derivados do leite, incluindo queijo e iogurte.

Ovos: Especialmente as gemas, são ricos em riboflavina.

Carnes: Carnes magras, fígado e rins são particularmente ricas em riboflavina. O fígado de boi, por exemplo, é uma das fontes mais ricas.

Peixes: Alguns peixes, como salmão e truta, também são boas fontes de riboflavina.

FONTES VEGETAIS

Verduras de folhas verdes: Espinafre, brócolis, aspargos e couve são boas fontes de riboflavina.

Cereais integrais: Grãos integrais, como trigo e aveia, e produtos feitos a partir deles, incluindo pães e cereais enriquecidos, contêm riboflavina.

Legumes: Ervilhas e feijões, especialmente feijões-soja, são fontes vegetais de riboflavina.

Cogumelos: Cogumelos, especialmente o shiitake, podem fornecer quantidades significativas de riboflavina.

Amêndoas: São uma fonte saudável de riboflavina, além de fornecerem gorduras saudáveis, proteínas e outros nutrientes.

A riboflavina é sensível à luz, mas resistente ao calor. Portanto, alimentos com riboflavina devem ser armazenados em locais escuros para evitar sua degradação.

Lembre-se que se estiver considerando a suplementação, o ideal é consultar um médico ou nutricionista para garantir que as doses se adequem as suas necessidades.

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