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VISÃO GERAL

Nootrópicos, também conhecidos como “smart drugs” ou “complementos cognitivos”, são substâncias que visam melhorar funções cognitivas como memória, concentração e motivação.

Mecanismo de Ação dos Nootrópicos: Os nootrópicos agem principalmente sobre os neurotransmissores, que servem como mensageiros químicos no cérebro, influenciando concentração, cognição e memória.

Evidências científicas e cuidados com o uso de Nootrópicos: Vários estudos têm explorado os efeitos potenciais dos nootrópicos em diversas condições cognitivas.

NOOTRÓPICOS

Nootrópicos, também conhecidos como “smart drugs” ou “complementos cognitivos”, são substâncias, suplementos ou medicamentos que alegadamente melhoram as funções cognitivas humanas, como a memória, a concentração, a inteligência e a motivação, especialmente em indivíduos saudáveis.

Eles podem ser classificados em diferentes categorias, sendo elas:

-Estimulantes: São substâncias que aumentam o estado de alerta, a energia e a concentração, como a cafeína e o modafinil.

-Nutracêuticos: Compostos naturais ou extratos de plantas que têm propriedades benéficas para a saúde cerebral. Alguns exemplos são o extrato de ginkgo biloba e o ômega-3.

-Racetams: São uma classe de nootrópicos que incluem o piracetam, aniracetam e oxiracetam. Essas substâncias são conhecidas por melhorar a memória, a aprendizagem e a plasticidade cerebral.

-Ampakines: São compostos que atuam como moduladores do receptor de glutamato AMPA, envolvido na plasticidade sináptica e na formação de memórias. Exemplos incluem o CX717 e o farampator.

-Antioxidantes: São substâncias que combatem os radicais livres e reduzem o estresse oxidativo no cérebro, protegendo assim as células cerebrais. Vitaminas como a vitamina E e o ácido alfa-lipóico são exemplos de antioxidantes utilizados como nootrópicos.

-Neurotransmissores: Incluem substâncias que influenciam os níveis de neurotransmissores no cérebro, como a dopamina, a serotonina e a noradrenalina. Algumas substâncias, como a L-teanina, podem aumentar os níveis de neurotransmissores específicos e melhorar o humor e a concentração.

A ação dos nootrópicos tem basicamente como alvo principal os neurotransmissores, eles atuam como mensageiros químicos, transportando, estimulando e equilibrando os sinais entre neurônios, células nervosas e outras células do corpo. Após sua liberação, o neurotransmissor atravessa a lacuna entre as células e se liga a outro neurônio, estimulando ou inibindo o neurônio receptor, de acordo com a sua característica. No caso dos nootrópicos, o foco maior de atuação está em transmissores ligados à concentração, cognição e memória, como a acetilcolina, a dopamina e a noradrenalina.

A acetilcolina está envolvida no processo de formação de novas memórias e concentração, assim como no aumento do metabolismo cerebral.

A dopamina é mais conhecida por sua participação no ciclo de recompensa, estimulando nosso cérebro a completar tarefas. Além disso, a dopamina atua no controle de movimentos, aprendizado, cognição e memória.

A noradrenalina regula atividades como o sono e as emoções, causando sensação de bem-estar. Também relaciona-se com processos cognitivos de aprendizagem, criatividade e memória.

Segundo um artigo da BBC, o termo “nootrópico” foi usado pela primeira vez em 1972 pelo psicólogo e químico romeno Corneliu Giurgea, para se referir a uma droga que aumentava capacidades intelectuais sem causar efeitos colaterais, A palavra tem origem grega, nou, que significa “mente”, e ”tropo”, que pode ser traduzido como “direção”. 

Essa droga, sintetizada por ele, era o Piracetam, hoje usado como um suplemento e também no tratamento de condições cognitivas debilitantes. 

ESTUDOS

Alguns estudos já foram feitos acerca desse tema, um deles intitulado “Effects of tyrosine on cognitive performance during extended wakefulness” (1), conduzido por Neri et al. e publicado em 1995. Ele examinou os efeitos da tirosina no desempenho cognitivo em condições de privação de sono.

A tirosina, um aminoácido precursor de neurotransmissores como a dopamina, tem sido explorada como um potencial complemento em nootrópicos devido ao seu papel na função cognitiva e motivação.

Em sua pesquisa, os efeitos comportamentais da tirosina foram examinados durante um episódio de trabalho noturno contínuo envolvendo uma noite de perda de sono. Os sujeitos realizaram nove iterações de uma bateria de tarefas de desempenho e escalas de humor por aproximadamente 13 horas, começando às 19h30 e terminando às 08h20 do dia seguinte. Eles permaneceram acordados durante todo o dia em que o experimento começou e estavam acordados por mais de 24 horas no final do teste.

Para o procedimento duplo-cego, seis horas após o início do experimento, metade dos indivíduos recebeu 150 mg.kg-1 de tirosina em dose fracionada, enquanto a outra metade recebeu placebo de amido de milho.

A administração de tirosina foi associada a uma melhora significativa do declínio de desempenho usual em uma tarefa psicomotora e a uma redução significativa na probabilidade de lapso em tarefas com alta taxa de vigilância.

Já outro estudo realizado e intitulado “Soybean-derived phosphatidylserine improves memory function of the elderly Japanese subjects with memory complaints” (2) publicado por Kato-Kataoka et al. no “Journal of Clinical Biochemistry and Nutrition” em 2010.

Neste estudo, os pesquisadores realizaram um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo para investigar os efeitos da fosfatidilserina derivada da soja na memória de 78 idosos com queixas de memória. Durante seis meses, os participantes receberam 100 mg de fosfatidilserina ou um placebo três vezes ao dia.

Os resultados do estudo mostraram que os participantes que receberam fosfatidilserina apresentaram melhorias significativas em parâmetros de memória, como recordação tardia e reconhecimento, em comparação com os que receberam placebo. Isso sugere que a fosfatidilserina pode ter um papel benéfico na melhoria da função de memória em indivíduos idosos com queixas de memória.

No geral, estudos revisados ​​sugerem que os nootrópicos podem beneficiar a cognição de várias maneiras, desde a melhoria do desempenho cognitivo em indivíduos saudáveis ​​até a assistência na função cognitiva em idosos com queixa de memória. No entanto, esses efeitos podem variar dependendo do composto específico usado e das características do indivíduo, como idade e saúde geral.

CONCLUSÕES

É importante considerar que, embora os nootrópicos possam oferecer benefícios potenciais, eles não fazem milagres. O cuidado com a saúde do cérebro envolve um estilo de vida equilibrado, incluindo dieta, exercícios, sono adequado, estimulação mental e, se necessário, intervenção médica. 

Portanto, antes de iniciar o uso de nootrópicos, é sempre aconselhável buscar aconselhamento médico para garantir que sejam apropriados e seguros para uso individual.

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