Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

ESCOLHA A CATEGORIA

VISÃO GERAL

Benefícios Diversificados da NAC: Ela tem sido reconhecida por suas variadas vantagens para a saúde, incluindo efeitos positivos no sistema neurológico, respiratório e antioxidante.

NAC no Tratamento da Doença de Parkinson: Estudos recentes têm explorado o potencial da NAC no tratamento de transtornos neurológicos, em particular a doença de Parkinson.

NAC e Seus Efeitos Respiratórios e Antioxidantes: Além de suas contribuições para a saúde neurológica, a NAC pode beneficiar a saúde respiratória ao reduzir a inflamação pulmonar e melhorar a função respiratória, especialmente em indivíduos com doenças pulmonares crônicas.

NAC

A N-acetilcisteína, frequentemente abreviada como NAC, é uma substância derivada de um aminoácido não essencial chamado L-cisteína. Os aminoácidos são componentes fundamentais das proteínas, essenciais para diversas funções no corpo humano. A L-cisteína, por si só, já desempenha um papel importante em vários processos biológicos, principalmente por estar envolvida na síntese de glutationa, um dos antioxidantes mais cruciais do corpo. No entanto, a L-cisteína pode ser instável e não tão eficaz quando tomada diretamente como suplemento. Aqui entra a NAC, que oferece uma forma mais estável e eficiente de aumentar os níveis desse aminoácido no corpo.

Um dos aspectos mais importantes da NAC é sua capacidade de doar grupos tiol. Os grupos tiol são compostos químicos contendo enxofre, que têm a capacidade de se ligar e neutralizar radicais livres e outras substâncias químicas reativas. Esta ação é o que confere à NAC seu poderoso efeito antioxidante. Os antioxidantes são cruciais para proteger as células contra danos causados pelo estresse oxidativo, que ocorre quando há um excesso de radicais livres no corpo.

HISTÓRIA DA NAC NA MEDICINA

A história da N-acetilcisteína na medicina reflete seu papel crescente e adaptável no tratamento de diversas condições até hoje. A NAC foi sintetizada pela primeira vez na década de 1960, marcando o início de sua jornada no campo médico. Inicialmente, seu principal uso reconhecido era como um mucolítico, ajudando a aliviar condições respiratórias ao tornar o muco menos viscoso e mais fácil de expelir. Este efeito foi particularmente benéfico para pacientes com doenças pulmonares crônicas, como bronquite, fibrose cística e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), melhorando significativamente sua qualidade de vida.

No entanto, o potencial da NAC se expandiu dramaticamente com a descoberta de sua capacidade de atuar como um antídoto para intoxicação por paracetamol (acetaminofeno). A administração de NAC, ao aumentar os níveis de glutationa, mostrou-se capaz de neutralizar o efeito tóxico da ingestão em excesso de paracetamol.

A partir dessas aplicações iniciais, a pesquisa sobre a NAC continuou a evoluir, revelando um espectro ainda mais amplo de potenciais benefícios terapêuticos. Seus efeitos antioxidantes, por exemplo, sugeriram que ela poderia ter um papel na prevenção e no tratamento de doenças causadas ou exacerbadas pelo estresse oxidativo e pela inflamação, como doenças cardíacas, certos tipos de câncer e doenças neurodegenerativas.

SEUS BENEFÍCIOS

Os benefícios antioxidantes da NAC são um dos seus benefícios mais conhecidos. Ao fornecer um precursor direto para a síntese de glutationa. A glutationa é frequentemente descrita como o “mestre antioxidante” devido à sua capacidade de neutralizar radicais livres e manter outros antioxidantes, como as vitaminas C e E, em suas formas ativas. Ela é uma molécula pequena, composta por três aminoácidos: glutamato, cisteína e glicina. Entre esses, a cisteína é o limitante na síntese de glutationa devido à sua menor disponibilidade no corpo.

É aqui que a NAC entra em cena, fornecendo cisteína. Ao ser metabolizada pelo corpo, a NAC libera cisteína, aumentando assim a disponibilidade desse aminoácido para a produção de glutationa.

A capacidade da NAC de elevar os níveis de glutationa tem efeitos protetores e terapêuticos em várias frentes. No fígado, por exemplo, a glutationa desempenha um papel crítico na neutralização de toxinas; o aumento de sua disponibilidade através da NAC pode prevenir danos hepáticos induzidos por toxinas, como é o caso da intoxicação por paracetamol.

No sistema respiratório, a proteção antioxidante fornecida pela glutationa pode ajudar a gerenciar condições crônicas, reduzindo a inflamação e o dano tecidual.

Falando em doenças respiratórias, a N-acetilcisteína (NAC) tem efeitos mucolíticos, que é um aspecto essencial da sua aplicabilidade em tratamentos médicos, especialmente no manejo de doenças respiratórias.

Primeiramente, o muco é uma substância viscosa produzida pelas membranas mucosas do trato respiratório, atuando como uma linha de defesa primária contra patógenos, irritantes e partículas. Embora vital para a proteção pulmonar, em condições como a DPOC, bronquite crônica e fibrose cística, a produção excessiva de muco ou a alteração de sua consistência pode obstruir as vias aéreas, dificultando a respiração e aumentando o risco de infecções.

A NAC exerce seus efeitos mucolíticos — ou seja, a capacidade de tornar o muco menos viscoso — através da quebra das pontes dissulfeto nas cadeias de proteínas do muco. Estas pontes são ligações químicas que conferem ao muco sua estrutura pegajosa e densa. Ao romper essas ligações, a NAC diminui a viscosidade do muco, tornando-o mais fluido e mais fácil de ser expelido do sistema respiratório.

Pacientes com condições que resultam na produção excessiva de muco ou em muco excessivamente espesso podem experimentar uma melhora notável nos sintomas respiratórios com o uso de NAC. Isso inclui uma redução na frequência e severidade das exacerbações, melhor capacidade de expelir o muco, e, consequentemente, uma melhora na função pulmonar e na qualidade de vida.

ESTUDOS

Novos estudos têm mostrado que a NAC pode ser útil no tratamento de transtornos neurológicos como a doença de Parkinson. Um estudo realizado em 2019 investigou o uso de N-acetilcisteína em pacientes com doença de Parkinson. A pesquisa foi publicada na revista Clinical Neuropharmacology e teve como objetivo avaliar os efeitos do NAC em combinação com levodopa, o medicamento padrão para o tratamento da doença de Parkinson.

A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo caracterizado pela diminuição da produção de dopamina no cérebro. A levodopa é um medicamento que aumenta os níveis de dopamina no cérebro, aliviando os sintomas da doença.

No estudo, os pesquisadores recrutaram 43 pacientes com doença de Parkinson e dividiram aleatoriamente o grupo em dois: um grupo recebeu NAC em combinação com levodopa, enquanto o outro grupo recebeu apenas levodopa mais placebo. A duração do estudo foi de 12 semanas.

Os resultados mostraram que o grupo que recebeu NAC em combinação com levodopa teve uma melhoria significativa na função motora em comparação ao grupo placebo. Além disso, o NAC também foi associado a uma redução dos efeitos colaterais da levodopa, como discinesias (movimentos involuntários) e flutuações motoras.

Mas não é só isso! A NAC também pode ser benéfica para a saúde respiratória, ajudando a reduzir a inflamação nos pulmões e a melhorar a função respiratória, o que é especialmente útil para pessoas com doenças pulmonares crônicas (Sadowska et al., 2015).

De acordo com uma grande revisão, o NAC melhorou os sintomas e evitou o agravamento da doença em pessoas com bronquite crônica, sem efeitos colaterais. Ele precisava ser tomado por pelo menos 3 – 6 meses, pois 2 meses de NAC não melhorou a DPOC em um estudo. (3)

E não para por aí! A NAC também é um poderoso antioxidante, ajudando a proteger as células do corpo contra os danos causados pelos radicais livres. Isso significa que ela pode ajudar a prevenir o envelhecimento precoce. (Zhang et al., 2019).

De acordo com alguns outros estudos, o NAC pode ser um remédio seguro para a toxicidade crônica do chumbo. Reduziu os níveis de chumbo e aumentou as enzimas antioxidantes nas células vermelhas e brancas do sangue em 171 trabalhadores expostos ao chumbo após 3 meses. (4)

CONCLUSÕES E REFERÊNCIAS

Se você está em busca de uma forma natural de cuidar da sua saúde neurológica, respiratória e antioxidante, a NAC pode ser uma excelente opção. Consulte um profissional da saúde para saber mais sobre como incluí-la na sua rotina.

https://mdpi.com/2076-3921/12/9/1713#B38-antioxidants-12-01713

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31206613/

Você gostou desse conteúdo?

COMPARTILHE: