Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

ESCOLHA A CATEGORIA

  1. O que é a CoQ10 e por que ela é tão importante?
  2. Como a CoQ10 age no cérebro?
  3. O que dizem os estudos sobre a CoQ10 e a saúde cognitiva?
  4. A suplementação com CoQ10 realmente funciona?
  5. Existe alguma contraindicação?


Você já passou por momentos de lentidão mental, esquecimentos repentinos ou aquela sensação de “cérebro cansado”? Esses sintomas, que afetam muitas pessoas no dia a dia, podem estar ligados a desequilíbrios energéticos e processos oxidativos que ocorrem nas células cerebrais. Em meio às diversas substâncias investigadas para melhorar a saúde do cérebro, uma das mais promissoras é a coenzima Q10 (ou CoQ10).

Esse nutriente é essencial para o bom funcionamento do corpo humano, mas seu papel no cérebro tem chamado cada vez mais a atenção da ciência. A seguir, explicamos como a CoQ10 atua no sistema nervoso, o que dizem os estudos mais relevantes e como sua suplementação pode ser útil em certos contextos.

O QUE É A COQ10 E POR QUE ELA É TÃO IMPORTANTE?

(1) A CoQ10 é uma substância produzida naturalmente pelo nosso organismo. Ela está presente em praticamente todas as células e participa de processos fundamentais, como a geração de energia dentro das mitocôndrias – estruturas responsáveis por fornecer o “combustível” que as células precisam para funcionar. No cérebro, essa produção energética é ainda mais crítica, já que ele é um dos órgãos que mais consome energia no corpo.

(2) Além disso, a CoQ10 é um antioxidante potente. Isso significa que ela ajuda a neutralizar os radicais livres – moléculas instáveis que causam danos às células e estão envolvidas no envelhecimento e em diversas doenças, inclusive neurológicas.

COMO A COQ10 AGE NO CÉREBRO?

(3) No sistema nervoso, a CoQ10 tem uma atuação dupla. Por um lado, ela melhora o desempenho das mitocôndrias, otimizando a produção de ATP (adenosina trifosfato), que é a principal fonte de energia celular. Por outro, ela protege os neurônios do estresse oxidativo, um dos principais responsáveis pela degeneração neuronal.

Essas duas funções fazem com que a CoQ10 tenha um papel preventivo em doenças como Alzheimer, Parkinson e outras síndromes associadas ao envelhecimento cerebral. (4) Estudos demonstraram que níveis adequados dessa coenzima ajudam a preservar a memória, melhorar a concentração e até mesmo desacelerar o declínio cognitivo.

O QUE DIZEM OS ESTUDOS SOBRE A COQ10 E A SAÚDE COGNITIVA?

(5) Uma pesquisa publicada na revista The Journals of Gerontology mostrou que idosos com baixos níveis plasmáticos de CoQ10 apresentaram desempenho significativamente inferior em testes de memória e raciocínio. Isso sugere que a deficiência desse composto pode estar ligada ao envelhecimento cognitivo acelerado.

(6) Outro estudo, feito com pacientes com Alzheimer leve a moderado, investigou o uso combinado de CoQ10 e selênio, e observou melhoras na memória de trabalho e na função executiva, embora os autores ressaltem que mais pesquisas são necessárias para confirmar esse efeito.

Em relação à doença de Parkinson, a CoQ10 também se mostra promissora. (7) Em um estudo clínico com pacientes em estágio inicial, doses elevadas da substância foram capazes de retardar a progressão dos sintomas motores.

A SUPLEMENTAÇÃO COM COQ10 REALMENTE FUNCIONA?

Embora o corpo produza CoQ10 naturalmente, essa produção tende a diminuir com a idade, e também pode ser prejudicada por fatores como estresse crônico, uso de certos medicamentos (como estatinas) e doenças crônicas. Nesses casos, a suplementação pode ser uma aliada importante.

(9) Há evidências de que a suplementação de CoQ10 é segura, bem tolerada e pode ajudar a restaurar níveis adequados da substância no organismo. Porém, nem todas as formas são igualmente eficazes: o ubiquinol, por exemplo, é a forma mais biodisponível da CoQ10, sendo absorvida mais facilmente pelo organismo.


EXISTE ALGUMA CONTRAINDICAÇÃO?

Em geral, a CoQ10 é considerada segura, mesmo em doses elevadas (até 1200 mg por dia em estudos clínicos). Porém, como qualquer suplemento, ela deve ser usada com orientação profissional. Pessoas que usam medicamentos anticoagulantes, por exemplo, devem ter cautela, pois a CoQ10 pode interferir na ação dessas drogas.

A ciência ainda está investigando todas as possibilidades da CoQ10 no campo da neurologia, mas os estudos atuais mostram que ela pode sim ser uma aliada importante da saúde cerebral, especialmente na prevenção do declínio cognitivo e em contextos de doenças neurodegenerativas. Além disso, por atuar na produção de energia celular, também pode ajudar pessoas que sofrem de fadiga mental, baixa concentração e estresse.

Se você sente que sua mente anda sobrecarregada ou se preocupa com sua saúde cognitiva no longo prazo, vale conversar com um profissional de saúde sobre a possibilidade de incluir a CoQ10 na sua rotina.


REFERÊNCIAS

  1. SANTOS, G. C. dos et al. Coenzyme Q10 and its effects in the treatment of neurodegenerative diseases. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 45, n. 4, p. 607-617, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bjps/a/VrywmwK339p9fkkh9qMzHdr/.
  2. ZHAO, Q. et al. Neuroprotective effects of coenzyme Q10 on neurological diseases: a review. Frontiers in Neuroscience, 2023. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnins.2023.1188839/full.
  3. VERCESI, A. E. Mitochondrial dysfunction and oxidative stress: relevance to aging and neurodegeneration. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bjmbr/a/SrjZrmfMG.
  4. SÁNCHEZ-MACARENO, P. et al. Coenzyme Q10 as a therapeutic agent in neurodegenerative diseases: relevance and limitations. Antioxidants, 2020. Disponível em: https://www.mdpi.com/2076-3921/9/9/809.
  5. RODRÍGUEZ, M. A. et al. Coenzyme Q10 Levels Associated With Cognitive Functioning and Executive Function in Older Adults. The Journals of Gerontology: Series A, 2022. Disponível em: https://academic.oup.com/biomedgerontology/article/78/1/1/6652555.
  6. ALEHAG, H. et al. Cognitive improvement in elderly with CoQ10 and selenium: results from the KiSel-10 study. Journal of Alzheimer’s Disease Reports, 2021. Disponível em: https://content.iospress.com/articles/journal-of-alzheimers-disease-reports/adr210023.
  7. SHULTZ, P. et al. Effects of Coenzyme Q10 in early Parkinson’s disease: a randomized trial. Archives of Neurology, 2002. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/781982.
  8. LITTARRU, G. P.; TIANO, L. Bioenergetic and antioxidant properties of coenzyme Q10: recent developments. Molecular Biotechnology, 2007.
  9. LANGSJOEN, P. H.; LANGSJOEN, A. M. Comparison of ubiquinol and ubiquinone absorption. BioFactors, 2008.
  10. HATHCOCK, J. N.; SHAUSS, A. G. Risk assessment for coenzyme Q10 (ubiquinone). Regulatory Toxicology and Pharmacology, 2005.

Você gostou desse conteúdo?

COMPARTILHE: